As doenças autoimunes afetam milhões de pessoas no mundo e podem causar uma série de sintomas debilitantes, como fadiga, dores articulares e inflamação crônica. Entre as doenças autoimunes mais comuns estão o lúpus, a artrite reumatoide e a tireoidite de Hashimoto. Essas condições ocorrem quando o sistema imunológico, que normalmente defende o corpo contra invasores, começa a atacar os próprios tecidos saudáveis.
O que muitas pessoas não sabem é que há uma relação direta entre os desequilíbrios hormonais e o desenvolvimento de doenças autoimunes. Hormônios, como o cortisol, estrogênio e progesterona, desempenham papéis cruciais na modulação do sistema imunológico. Quando esses hormônios estão desregulados, o corpo pode começar a reagir de forma inadequada, resultando em uma resposta autoimune exacerbada.
O cortisol, por exemplo, é o hormônio do estresse e tem a função de controlar a inflamação. Quando há uma deficiência ou excesso de cortisol, a inflamação pode sair de controle, levando a surtos autoimunes. Além disso, o estrogênio e a progesterona têm um efeito modulador sobre o sistema imunológico. Em muitas mulheres, as doenças autoimunes tendem a piorar durante fases de maior flutuação hormonal, como a gravidez ou a menopausa.
O tratamento dessas condições deve levar em conta o equilíbrio hormonal. A terapia de reposição hormonal bioidêntica, em combinação com uma abordagem anti-inflamatória, pode ser uma forma eficaz de gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de quem sofre de doenças autoimunes.
Referência:
Cutolo, M. (2014). “Autoimmune Diseases and Hormonal Therapies.” Best Practice & Research Clinical Rheumatology.
Aviso: Este artigo tem fins educacionais. Consulte sempre um médico antes de iniciar qualquer tratamento.